"Nasci num tempo em que a cidade do Rio de Janeiro era chamada de Distrito Federal. Isso foi antes da construção de Brasília, ou seja: eu estou por aqui já faz muito tempo. Desde 1954 para ser mais exato e vou deixar que vocês façam as contas para descobrir a minha idade. Sou ator desde os anos setenta. Fiz muito teatro, muita televisão e algum cinema. Nada que me faça parecer um Selton Mello, mas tive lá os meus momentos na frente de uma câmera. Também fiz muito comercial. Na verdade faço tudo que existe para um ator fazer. E gosto muito do meu trabalho. O fato de na maioria das vezes só aparecer na televisão como médico ou advogado não me incomoda. Acho até que com mais uma ou duas novelas consigo me formar em medicina e direito ao mesmo tempo! O stand up apareceu na minha vida por acaso. Eu já conhecia o gênero e ao contrário de muita cavalgadura, sabia que aquilo era engraçado. Nunca achei que um tipo de comédia só fizesse sentido numa língua específica. Quem abriu as portas dessa possibilidade foi o comediante e hoje autor e diretor teatral e de televisão Fernando Ceylão. Foi ele que tornou possível esse upgrade na minha carreira ao me convidar para formar um grupo de stand up. Fui louco o bastante para aceitar o convite. Logo em seguida chamamos o Claudio Torres Gonzaga. Nascia ai, no dia 15 de março de 2005 o Clube da Comédia em Pé o primeiro do genero no país. Em 2012 sai do grupo. Além de stand up fiz, ao longo de três maravilhosos anos, parte do elenco fixo do programa “Os Caras de Pau”. Se você assistiu ao programa deve lembrar de mim na pele do “Seu Expedito”, síndico do prédio onde moravam os protagonistas, Marcius Melhem e Leandro Hassum. Fiquei lá até fevereiro de 2013 quando a TV Globo retirou o programa de sua grade de programação Desde 2005, tenho feito stand up na maior parte do meu tempo profissional. Costumo dizer que ao me apresentar como comediante experimenta a sensação de cair num abismo sem fundo sendo resgatado da queda pelo riso da platéia. Não é fácil fazer isso, mas é tão bom quanto sexo. E em alguns casos, dependendo de quem divide a cama com você, o stand up é melhor. Talvez vá fazer stand up até me aposentar ou morrer no meio de um número. O que acontecer primeiro. Gosto muito daqueles dez, doze minutos em que você desafia os deuses da comédia e ousa fazer uma platéia rir da sua visão doida do mundo e das pessoas que moram nele. Quando funciona é o máximo. Em 2013 participei dos filmes Meu Passado Me Condena, Tim Maia e Os Caras de Pau. Além disso, fiz parte do elenco do episódio Roberta da série as Canalhas e gravei a segunda temporada do seriado Meu Passado Me Condena no papel de Rubens, pai do personagem Fabio, vivido pelo ator e comediante Fabio Porchat que foi para o ar em fins de outubro do mesmo ano no canal Multishow."
Para conhecer os trabalhos do artista acesse seu perfil no Facebook.